Cada vez mais Brasília vai se tornando um corredor para carros. A política do diretor do Detran-DF, Délio Cardoso, é de aumentar o máximo que puder a velocidade das vias e tirar os pardais, substituindo-os por barreiras eletrônicas, mesmo que isso seja irregular, pela cidade ser patrimônio histórico.
O sistema de transporte público, pela vergonha que é, reforça o senso comum que só se pode viver na capital de carro. Isso porque, segundo o Detran, menos de 1% da frota registrada por ano no DF são de ônibus novos. O tipo de veículo mais registrado, claro, é o carro (mais ou menos 75%), sendo seguido de motocicleta, caminhonete, caminhão, reboque e aí sim ônibus. Daí porque não dá pra viver na cidade sem carro, praticamente não há ônibus.
Com cada pessoa no seu carro, a conclusão óbvia são os engarrafamentos em horário de pico. Outra conclusão, não tão óbvia, é que a cidade vira um corredor, no qual o horizonte raro em cidades grande - o pôr do sol na época da seca, o céu prateado no final do ano - some. Não só isso como a própria cidade tão cuidadosamente planejada, as pessoas que andam e atravessam as ruas, os barulhos normais de qualquer cidade, os cheiros, o contato com os outros.
*para saber mais sobre a política do Detran:
aqui e
aqui